Cansei de ouvir que Campos do Jordão é lugar brega, wannabe cidade chique friorenta européia e lotada de gente fresca à toa. O fato é que eu e o namorado queríamos ir para lá para conhecer e descansar! Para ajudar, ele estava por aqui em baixa temporada, sem perder o frio característico do lugar, então nos planejamos há alguns meses atrás e fomos sem medo de engordar, digo, de ser feliz.
Como priorizamos o hotel e a comida, economizamos no meio de transporte. Fomos pra lá de ônibus, que sai do Terminal Rodoviário Tietê pela Pássaro Marrom. A viagem durou 3 horas cravadas, conforme o previsto, com uma parada em São José dos Campos. Engraçado que fomos um dia antes de proibirem a cobrança pelo uso do banheiro nas rodoviárias e voltamos no dia que as passagens tiveram reajuste, hehe. Agora são R$34,78 para cada pessoa, por cada trecho (ida ou volta).
A rodoviária de Campos do Jordão não é lá aquelas coisas, na verdade dá até medinho de andar ao redor dela, só que o mais assustador mesmo foi o estado das calçadas - isso quando tinha uma. Como era perto, andamos até a loja dos
Chocolates Araucária e tinha um trecho que, ou a gente andava na rua onde passavam os carros, ou teríamos que encarar uma pontezinha improvisada from hell. Eu preferi correr o risco do atropelamento, hehe.
Depois da visita à loja, voltamos para a rodoviária e pegamos um taxi para nos levar até o hotel porque não queríamos mais tanta aventura e a fome estava forte. A cidade não é grande, então chegamos no
Canada Lodge rapidinho. Era uma pousada com decoração canadense intensa, o quarto era muito aconchegante e o staff muito simpático. O maior defeito deles era um mapa da região que estava errado e nos fez andar muito pra nada! Se não fosse o google maps do celular do namorado estaríamos andando por lá até agora.
Primeiro fomos no Krokodilo, mas não havia ninguém para nos atender mesmo tendo ligado antes perguntando se estavam funcionando. Nos perdemos (graças ao mapa errado do hotel que citei antes) e então chegamos ao centro de Capivari, onde tem as coisas que mais nos interessavam. No caso dele, a
Baden Baden. Queria ver algumas lojas mas elas ja estavam fechando. Pelo menos deu pra ver pelas vitrines que as coisas não estavam tããão caras assim.
|
E eu quase peguei esse cachorro. Tinha vários, bonitinhos e abandonados =/ |
Saímos da Baden Baden e já fomos jantar em
um restaurante próximo. Não poderíamos ser mais previsíveis: escolhemos uma sequência de fondue. Muito mais barato que em São Paulo e compensa mais que rodízio, afinal vem tanta coisa que você mal consegue dar conta, imagine então pedir mais!
Como o intuito da viagem também era descansar, não ficamos até tarde na rua e voltamos para aproveitar o conforto do hotel. Piso aquecido no banheiro e aquecedor no quarto deixou o frio de 10ºC que fazia lá fora bem longe.
De manhã nos acabamos no brunch antes de fazer o check out. Tinha muita coisa boua e a cozinheira era muito simpática também. As panquecas eram feitas na hora e, segundo ela, a cobertura de maple era caseira. A gente também viu ela passando a receita das panquecas para um casal que estava ao lado, haha.
Resolvemos ir andando até a rodoviária e descobrimos um corta caminho meio alternativo, mas válido. Tudo é realmente muito perto se a gente não se perde, hehe. A volta também foi tranquila e demoramos as mesmas 3 horas. Pena que na ocasião a linha amarela ainda não funcionava até a Luz em período integral, senão as coisas teriam sido muito mais fáceis.
A gente ficou uma noite achando que não veríamos muita coisa, já que não estávamos afim de fazer trilha, andar de teleférico e essas coisas que envolvam se mexer mais. No fim descobrimos mais coisas legais e queremos voltar! Realmente não faz sentido algum ir para lá em alta temporada, aquilo cheio de gente tira muito do charme e do sossego que deveriam ser apreciados.