Feiras de animais clandestinas

Resolvi escrever este post depois de ver esta notícia. O lugar descrito é bem em frente ao pet onde levo a minha cachorrinha religiosamente a cada 15 dias para tomar banho. Às vezes passávamos lá só pra ver, mas ao mesmo tempo ficávamos com muita dó.
Os coitadinhos passavam o dia sob um solzão, alguns dentro de caixas de papelão e com poucos cuidados. Vimos uma vez um filhote de chow chow vomitando, enquanto a vendedora o limpava de qualquer jeito, dizendo que era normal porque ele tinha comido demais. -_-"

Nas últimas semanas, realmente vimos alguns carros da prefeitura fiscalizando e uma vez até levaram alguns cachorrinhos. Mas não adianta, é só dobrar a rua que lá estão eles, vendendo filhotes nos portas-mala dos carros.

Esta prática é uma de tantas outras que são erradas e que dificilmente serão erradicadas por aqui. É muito fácil colocar cachorros para cruzarem e encontrar pessoas que não resistam à fofura dos filhotinhos.

Antes esses criadores vendiam suas "mercadorias" na frente do parque Villa-lobos, ou seja, a poucos metros de distância deste mesmo pet e em condições ainda piores.
Foi nessa feira que compramos o Flick, o poodle que já citei aqui no blog. Na época o compramos por dó mesmo, porque nas condições em que ele se encontrava não duraria muitos dias. Ele viveu só mais 5 anos, quando deveria ter vivido muito mais mas afinal não sabíamos de onde ele veio, como eram os pais e em que condições ele foi criado até o dia que o encontramos.


Não adianta comprar pela afeição, pela dó, ou pelos preços mais baixos: de um jeito ou de outro este tipo de negócio lucra e mais gente irresponsável entra nele. É tão difícil quanto não dar esmola para uma criança no farol, mas não podemos fazer essas rodas do dinheiro fácil a qualquer custo girarem.
Ao mesmo tempo, há tantos outros cachorros abandonados, esperando por um lar e pessoas que os cuidem e que são tão cachorros quantos os de raça.
Sempre há soluções honestas que se encaixam às condições de cada um.

Tirando o visto norte americano

Post um tanto quanto atraso porque estava ficando quilométrico e eu estava com preguicinha de terminar, hehe.

Com o passaporte em mãos, agora era hora de correr atrás do visto, weee! Fico feliz em dizer que pelo menos neste caso fiz a solicitação na época certa, depois que trocaram 3 formulários malucos por um quilométrico, porém online. \o/

Até que o processo foi mais fácil do que pensei, embora não deixe de ser trabalhoso. Depois de algumas pesquisas e de indas e vindas, primeiramente paguei a taxa de 38 reais que dá ao cidadão o direito de agendar uma entrevista e de obter informações completas sobre o que deve ser feito - além de também poder ligar para um SAC, que infelizmente é super burocrático, me deixou na mão, fica no Rio de Janeiro e é cheio de atendentes com carioquês bem afetado (inclusive nas gravações em inglês). Achei esse pagamento bem inútil, mas era obrigatório e pelo menos pode ser efetuado de várias maneiras diferentes pelo site.

Aproveitando um horário de almoço na civilização, paguei a outra taxa chata de 131 dólares no Citbank. O engraçado aqui é que não importa qual seja a cotação do dia, o dólar do consulado valia R$ 1,80, então não sei porque eles não decidem logo que a taxa é tantos reais e pronto pow, heuhe. Ah, e as agências do Citibank são outro nível, mais vazias e confortáveis. ^^
No mesmo dia, tirei também a foto para o formulário, no caso, 5x7. Mas não é só isso! A maneira como o seu carão aparece precisa seguir certas regras especificadas no site do consulado, para a alegria do cara que tirou a minha e teve que ficar acertando essas picuinhas. xD

Depois de tudo isso, já não tinha mais como evitar o formulariozão, que citei no começo do post. Sério, é muita coisa mesmo pra preencher e o site é muito noia: era preciso salvar as alterações de tempos em tempos ou tudo poderia ser perdido porque as sessões se cancelavam em 20 minutos! Ah sim, uma das primeiras partes do forumlário é uplodear a sua foto porque eu acho que ele tem um sisteminha de validação.
As perguntas estão todas em inglês e há uma opção pouco prática de passar o mouse por cima para ver a tradução - digo isso porque esse recurso não funcionou muito bem quando precisei hehehe. No geral não tive muitas dúvidas, só foi chato ter que confirmar em quase todas as páginas que sim, sou brasileira, nasci e tô morando aqui e no final confirmar que não tenho tuberculose e nem sou terrorista -_-". Só demorei mesmo porque fiquei com muito medo de preencher algo errado ou algo que desse brecha pra pensarem que eu quero virar imigrante ilegal, heuheuhe.

Pelo menos não foi assim...

No meio do preenchimento do formulário, descobri que não era obrigatório terminá-lo para agendar a entrevista, aeeee! E que a espera por ela em São Paulo era de, em média , 45 dias (enquanto em outras cidades era menos de 20). De qualquer maneira isso varia muito, afinal se alguém desiste e abre um horário amanhã, o site vai dizer que o tempo de espera é de um dia. xD

Como não dei essa sorte, lá fui eu esperar um mês e meio pra tal entrevista. Nesse meio tempo, as regras do visto mudaram: a taxa passaria para 150 dólares, trabalhadores e estudantes não precisariam mais pagar uma taxa extra de 60 dólares e os vistos poderiam durar até 10 anos, wow! Viva o Obama! \o/
Pena que não avisaram que quem pagou a taxa antiga precisaria ainda pagar a diferença e que isso entraria em vigor exatamente no dia da minha entrevista, yay! Por causa disso, demorei nem sei quanto tempo na fila que havia no único caixa disponível no consulado para pagar essa maldita diferença.

Ah sim, preciso dizer que antes disso há uma triagenzinha para entrar lá e não se pode entrar com nenhum aparelho eletrônico, nem pen drive, nem fone de ouvido e muito menos com objetos cortantes - para a alegria de vários comerciozinhos das redondezas que cobravam 5 reais para guardar esses objetos, uma vez que o consulado não possui guarda-volumes. Por isso não faço ideia de quanto tempo demorei para cada etapa, só sei que cheguei lá mais de duas horas antes do horario que marquei e demorei umas 3 horas para sair.

Depois de finalmente pagar a taxa, passei por uma salinha onde tinha que colocar a minha bolsa em uma esteira, igual aquelas de aeroporto com raio x, e passar pelo detector de metais antes de passar pra próxima etapa. E eu gostaria muito de poder tirar fotos porque nessa salinha havia quadros com as fotos do Obama e da Hillary, não sei pra quê, haha.

Entrando no consulado, há um caminho de setas bem didático no chão indicando para onde se deve ir: um galpão maluco com várias filas e banquinhos de espera diferentes e uma parede cheia de guichês. Sério, fiquei preocupada em me perder lá dentro, mas deu tudo certo.
A primeira fila é para pegar uma senha numérica pela qual você será chamado para sempre no galpão. A primeira vez é nos guichês verdes, ou pré-entrevista, onde os atendentes só perguntam qual o tipo do seu visto e pegam seu passaporte e comprovantes.

Provavelmente eles devem checar algumas coisas lá dentro , pois nada justifica a demora para ser chamado pela segunda vez nos guichês vermelhos, onde as impressões digitais são coletadas. Essa parte demorou tanto, acumulando tanta gente, que uma hora eles pediram que as senhas mais recentes esperassem meia hora na área da lanchonete, haha. Ah sim, eles usam aquelas malditas máquinas que não reconhecem minhas impressões direito, mas até que correu tudo bem.

Logo depois é a vez do terceiro e último guichê, o azul, que é a entrevista com o cônsul. Sim, aquela mesma que todo mundo teme, leva trocentos documentos provando que não quer virar um imigrante ilegal porque tem uma vida no Brasil - bem, pelo menos a maioria das pessoas xD. Eu mesma estava um pouco ansiosa, afinal, já pensou ter o visto negado depois de ter feito e passado por tanta fila!?
Pro meu alívio, o senhor que me atendeu mal olhou pra mim, fez aquelas perguntas básicas sobre o que ia fazer lá, qual era minha profissão, se eu tinha concluído o ensino superior, etc. Depois da segunda pergunta, notei que ele tinha desencanado de anotar as respostas e só tava rasbicando na folha, huehe. E o único documento que ele pediu foi o extrato bancário, aaaaah!

Bom, antes sobrar do que faltar ne, hauhauha! Visto concedido, segui as setinhas no chão que indicavam a saída e tchara! Mais uma fila! Desta vez para pagar o sedex mais caro do mundo (20 mangos meo!) que enviaria o meu passaporte de volta para casa. Por curiosidade, perguntei pra um funcionário se os vistos concedidos já estavam valendo por 10 anos; ele me respondeu que sim, mas que o período poderia variar, dependendo do que o cônsul concluísse.
Nem preciso dizer que pensei "nuss, fodeo"! O cara não quis saber de nada e vai me dar um visto de 3 meses, ARGH!


Novamente, deu tudo certo! O passaporte chegou em casa dentro do período estipulado e com o visto válido por 10 anos, yey! E para minha surpresa, também era do tipo B1/B2, ou seja, para turismo e business, sendo que eu só tinha solicitado o B1 \o/!
Não sei o que o tiozinho concluiu, mas sou muito agradecida por essa, hehe.

13º Festival do Japão

Esse ano começamos errado: acabamos indo no domingo, por motivos diversos. Não deu outra, além do lugar ter ficado cheio um pouco depois que chegamos, fiquei sem comer adivinhem o quê?! O espetinho de shimeji com bacon! NOOOOOOO!!! >_<

Pra piorar um pouco mais, depois de olhar o guia várias vezes e andar pelos stands, não havia nenhuma santa barraquinha vendendo Mupy. Repetindo: não tinha Mupy! Não faço ideia de como uma desgraça dessas foi acontecer, mas estas duas fatalidades, pra mim, descaracterizaram completamente o evento, haha!
Não passei sede porque magicamente havia um stand do Rei do Mate! Foi um senhor quebra-galho, muito reconfortante, heh.

Também havia um Kinect para ser testado por quem tivesse paciência de esperar na fila, mas era um jogo de tênis não muito convidativo, então fiquei só nas fotos mesmo.


Pelo menos comi muita coisa boa, embora tenha ficado um gostinho de "quero mais" que foi inibido pelas filas gigantes.
Bom, ano que vem tento ir em um sábado como sempre, hehe.






Edições anteriores:
12º Festival do Japão
11º Festival do Japão

Sample Central

O esquema da Sample Central é simplesmente lindo demais para alguém cobaiante como eu: paga-se uma taxa anual de 15 reais; agenda-se a visita; chegando lá você tem 1 hora para escolher 5 produtos para experimentar em casa (ou lá, se for algo como um eletrônico) e para repetir o ciclo basta responder uma pesquisinha de múltipla escolha no site.
Sim, achei tão lindo que quando li a respeito duvidei muito, era bom demais pra ser verdade. Só fui acreditar no dia que passei sem querer na frente da loja, que fica na rua Augusta, a umas duas quadras da Paulista. E como o preço a se pagar não era tão alto assim, não custava tentar, não é?

Hoje foi o dia da minha visita. A loja abriu na hora marcada, tudo muito organizado e os funcionários eram bem educados. Além dos produtos nas gôndolas e os que só podiam ser vistos na loja, também havia os de degustação imediata.
Este último me salvou de uma decepção incrível! Peguei um sorvete de Talento Intense para experimentar, toda feliz porque afinal eu adoro esse chocolate. Se eu o tivesse encontrado em uma padaria, ficado maravilhada com a novidade, gasto o meu dinheiro para então descobrir que o recheio não tinha nada a ver e ainda por cima era muito doce... com certeza cabeças rolariam, hehe.

Voltei para casa com uma sacolinha que mais parecia uma compra do mês, haha. E muito, muito feliz com a experiência. Todo mundo aqui sabe o quanto eu gosto desse tipo de coisa, adorei a ideia de poder experimentar produtos antes de compra-los e ainda contribuir, assim espero, para possíveis melhorias.
Recomendo muitíssimo! \o/