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11º Festival do Japão

(Patrocinado pelo Bradesco, coisa que eles deixavam bem claro a cada 5 minutos no auto falante, hehe)

Como eu havia dito na prévia para o Festival, eu sabia muito bem o que estava me esperando: muitas filas, muitas bachanzinhas forgadas, colônias maledetos, as mesmas atrações sem graça, solzinho fdp e o pior de tudo... a chance de sair de lá sem comer udon!

Pensando nisso, combinei com meus corajosos companheiros de nos encontrarmos às 10 horas da manhã no metrô Jabaquara no sábado. Vocês não tem idéia do sacrifício que isso significa! É necessário madrugar, pratecamente acordar com as galinhas para se estar nesse horário em um lugar tão distante do meu lar doce lar. E ainda por cima em um sábado, dia oficial de se acordar na hora do almoço. Por isso, ninguém além da valente Yumi chegou no horário, hehehehe.

Esses ônibus ou tranzinhos ou whatever bem que poderiam ter dado uma carona pra gente, mas tavam tocando Jota Quest, ARGH!

Optamos por ir e voltar do Festival a pé porque as filas para os ônibus gratuitos que saiam do metrô eram absurdas. Além de estarem já cheias de velhinhas, o que significava que além de demorar pra conseguir entrar em um ônibus, com certeza ficaríamos de pé mesmo. Não era longe, mas sol e subidas chatinhas durante o caminho da volta, de estômago forrado, é coisa mais que suficiente pra me derrubar.

Chegamo, carai!



Graças aos céus o festival em si foi melhor que o esperado. Foi cansativo pacas, andamos muito lá dentro, mas foi legal. Principalmente porque conseguimos comer um udon de excelente qualidade! UHUUUUUUUUUUL!!1! Ow coisa linda de deus! Sem falar que na hora que chegamos, não tinha fila e até conseguimos uma mesinha para devorar nossos lindos udons. Ah sim, o que comemos era da província de Iwate, mas acho que teve um ano que comemos de Kagawa (conclui isso depois que lembrei dos kimonos que os carinhas dessa província usavam, hehehe).

UDOOOOOOOOON!!! *-* Valeu Artur pela foto!

Além de udon, consegui comer um tempurá master que estava muito melhor que do ano passado (crocantinho ^^) e um clássico tempurá de sorvete (embora este ano estivesse sem origami decorativo, mimimi). Não encontrei os malditos espetinhos de shimeji com bacon, mas a minha irmã que foi no domingo disse que achou! Sacanagem, será que a gente tava tão leso assim? Alguns de nós também atualizaram suas coleções de mangá e compramos mupys mega baratinhos (tava em promoção, compramos 22 de uma pancada só e confudimos pra caramba o tiozinho com os sabores, hehe).


Buraco quente, 4 reais. E o Mic experimentou, huhuhu!

Concluindo, saldo positivo! E já que eu vou nesse festival há um número considerável de anos, ano que vem vou de novo só pra comer quase as mesmas coisas que como todos os anos, uhuhuhu!!!

Festival do Japão 2008 - prévia

Eu sei que a coisa vai tá mega mobada como sempre ou ainda pior por causa do maledeto centenário, mas eu vou mesmo assim. Sabe como é, questão de honra, preciso comer um udon de lá, ARGH!!!

(e olha que essa foto estava no site oficial! hahahaha!)

Resolvi visitar o site da bagaça hoje e não é que eu achei algo útil? Finalmente vão disponibilizar a compra de entradas antecipadas! Weee! Uma fila a menos pra enfrentar!
Aqui você pode conferir onde encontrar o ponto de venda mais próximo. Acabei de descobrir que aquela humilde vendinha de produtos orientais perto de casa é um deles, hohoho!

No mais, a programação não oferece nenhuma grande novidade.
Bem que eles poderiam ter trazido uma bandinha tipo L'Arc pra tocar aqui hein? hehehehehehehe

Série de reportagens felizes do centenário

Como eu já havia dito em um post revoltoso sobre as comemorações felizes do centenário, as séries de reportagens "inéditas e convenientes" me tiram do sério. Poderia simplesmente ignorá-las, mas eu tenho a mania horrível de assistir só pra poder falar mal com propriedade!

E como os programas tem se aproveitado do tema nesses últimos dias viu? Espero que depois do dia 18 a gente volte a ser discriminado em paz neste país! Por favor, não quero mais ver coisas medonhas como essas sendo exibidas em rede nacional (eu sei que tem coisa pior, mas não deixa de ser perturbador, haha).

• Musiquinhas estilo "déim-déim-déim" misturadas com samba, ou sozinhas. Parece até que o pessoal só tem 2 ou 3 tipos dessa música e que os japoneses, tanto os de lá quanto os daqui, só ouvem isso. Podem vir com o argumento que usam isso para uma identificação mais rápida pra maioria das pessoas, mas pra mim tocar essas musiquinhas é praticamente ofensivo! De vez em nunca eles lembram que existe Jpop, mas é só pra falar de assuntos descolados e olhe lá

• Meninas que se vestem bizarramente, profissionais da área de moda dizendo que combinar tudo com tudo é um must e depoimentos brilhantes. "É natural né, vou casar com japonesa, caso de kimono", ou ainda, "Ah eu sou jovem, aproveito enquanto eu sou jovem (torrando a mesada toda com roupa medonha) e depois eu penso em ter um vida séria"

• Será que depois de tanta pesquisa, não deu pra perceber que a maioria das palavras em japonês é oxítona e que não é porque tem um S só escrito que precisa ter som de Z?

• "Praticante" de cosplay? WTF?

• Japonês é povo paciente, dedicado, concentrado, adora robôs, lida com a terra como ninguém, lava roupa divinamente e frita melhor o pastel na feira. Que belezinha não? Isso dá um orgulho danado mesmo.

Só pra não deixar passar em branco, parabéns pros insanos que vieram pra cá achando que iam juntar grana suficiente para voltar pro Japão em 1 ano e sobreviveram em uma terra de ninguém, com um clima dos infernos e sendo explorados até os ossos.
É realmente uma pena que nenhum deles esteja aproveitando essas comemorações sensacionais, hein? Poder ver um dos príncipes japoneses (que nem vai governar nada) de longe deve ser uma emoção indescritível, woo woo!

Japão em cada um de nós


Em homenagem ao quase inédito centenário da imigração japonesa, o Banco Real apresenta esta exposição feliz naquele espação que tem dentro da agência da Avenida Paulista. Já que era em um lugar super acessível, não me custou muito ir lá dar uma conferida no que tinha de bom.

O espaço era grande, mas não o suficiente para ter tanta coisa exposta assim. A idéia era mostrar como foi a vida dos imigrantes e o legado que eles deixaram não só para os seus pobres descendentes, mas também para a sociedade brasileira.


O que eu mais gostei foram dos terminais onde era possível encontrar as datas, o navio, a origem e o destino dos meus avozinhos que foram doidos o suficiente para vir pra cá. De um lado da família foi bem fácil, afinal o sobrenome é bem raro, mas do outro não consegui de jeito nenhum. Desconfio que eles trocaram de nome em algum momento da jornada para nunca serem achados, hehehe!

Não tinha nenhuma grande novidade ou alguma raridade daquelas. A intenção da coisa nem era de ser realmente grandiosa e revolucionária, mas meramente informativa.
Sendo assim creio que ela cumpriu bem o seu papel e, como eu havia dito antes, não custa mesmo dar uma passadinha por lá quando estiver perambulando pelo lado civilizado de São Paulo.

Para ver mais fotos (que nem são tantas assim xD), é só clicar aqui!

Ano do Rato! Parte 2

Este ano, as comemorações do Ano Novo Chinês foram antecipadas para o último fim de semana de janeiro por causa do estonteante carnaval. Eu nem sabia dessa e fui sem querer na Liberdade, hehe! Para quem perdeu, já aviso que não tinha nada que não teve nos anos anteriores. A Rua Galvão Bueno havia sido fechada novamente para a instalação de barraquinhas de comida e tranqueirinhas (além daquelas que sempre estão na praça todos os domingos), muita gente e atrações felizes no palco (que novamente não vi nenhuma, hehe).


Luminárias com o ratinho feliz foram espalhadas pelas ruas próximas. Aliás, muito marketeiro esse ratinho, tinha uma barraquinha só para ele que vendia camisetas, canecas, canetas entre outras tranqueiras.


No final apareceram uns bonecos infláveis felizes, que seriam os mascotes das próximas olimpíadas de Pequim. Até dava pra posar do lado deles pra tirar foto, mas tinha muita gente e estavam meio longe...


Os clássicos fogos de artíficio. Teve contagem regressiva, embora não fosse o Ano Novo propriamente dito e ainda assim estavam bem atrasados em relação à programação. Aliás, mentiram pra gente dizendo que seria atrás do palco: estouraram os fogos de novo atrás deste lindo prédio.


Uma luminária que estava em volta do "camarote", perto do palco. Essa foto ficou demais.

Agradecimentos ao Artur (de novo!), que sempre está com a sua câmera pronta - ao contrário de mim que tinha esquecido a minha em casa.

Homenagem no carnaval? Oquei...

Nunca gostei de carnaval. Definitivamente não é a minha praia. Sem falar que é mais uma daquelas datas comemorativas que faz aflorar o pior da minha vizinhança! Nem preciso dizer que enquanto ajusto os últimos detalhes desta postagem, um infeliz já ligou o som do seu carro em um volume alto o suficiente para que a rua inteira saiba quão ridículo é o seu gosto musical.

Juntando o inútil ao desagradável, o tema da Vila Maria des ano foi justamente o Centenário da Imigração Japonesa. Se não bastasse algumas heresias obviamente cometidas, ainda tem os comentários sensacionais dos apresentadores que foram obrigados a trabalhar no carnaval e estão mais pra lá do que pra cá.

Eis algumas observações pertinentes que eu tenho a fazer sobre essa desgraça, até a parte que assisti:

- Pra começar, aquela animaçãozinha tosca que eles fazem pra anunciar o nome da escola. Grobo, não é possível que vocês não consigam fazer nada melhor! Não contentes, ainda passaram essa coisa mais de uma vez durante o desfile;

- "A escola fica em um bairro chamado Jardim Japão! Que legal, que coincidência! E não tem nenhum japonês por lá!". O comentário foi sofrível e ainda o repetiram mais duas vezes;

- Faixas com ideogramas, não tiveram nem a dignidade de colocá-los alinhados, estavam todos tortos, jogados a esmo. E a mesma coisa acontecia com as fantasias (é, tinha gente fantasiada de papiro...);

- Turin??? Tisuru??? ARGH! E ainda enfatizaram pra caramba o graaaaande trabalho de pesquisa que eles fizeram;

- A letra do samba é horrível, pra variar, e os caras ainda comentam que foi um dos melhores refrões do ano. Só resta rir imaginando como é que seriam os outros;

- Importaram tecidos do Japão pra fazer fantasias... que desperdício... as fantasias de cerimônia do chá (?) e do gato da sorte tavam bizarronas! O pessoal do carro da tecnologia pareciam aqueles figurantes felizes que apareciam nas aberturas antigas do Fantástico. Nem te conto da ala que deveria ser sobre mangá >__<;

- Essa palhaçada toda não teve apoio financeiro de nenhuma empresa japonesa. Por que será hein?

E pensar que um amigo meu estava no meio dessa bagaça!

EDIT: No Rio teve mais uma escola (Porto da Pedra) que prestou a mesma "homenagem". Show de horrores também viu. E os comentaristas da Globo capricharam ainda mais nas piadinhas sagazes, afinal o desfile foi mais cedo que de São Paulo. Graças a deus não vi a bagaça inteira.
Aliás, "cousplayers" foi foda! /o\


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Ano do Rato! Parte 1

Não acho que horóscopo seja algo que possa ser levado a sério. Se no zodiacal é absurdo pensar que todo mundo que nasceu nos mesmos períodos tenham a mesma personalidade e destino, no chinês a coisa só piora porque isso se aplica a todos que tenham nascido no mesmo ano!

De qualquer maneira, tem coisa aí no meio dessas histórias que são interessantes e às vezes até válidas.
O que eu acho mais legal é a história da "origem" do horóscopo chinês.
De uma maneira bem simples e resumida: Buda chamou os animais para um banquete e os 12 primeiros que chegassem lá não só participariam da festa como também seriam os signos que o ajudaria a cuidar das pessoas. O rato não só falou pro gato a data errada como também viajou no lombo do boi, que partira mais cedo porque sabia que era mais lento que os outros. Quando o boi estava quase chegando, o rato pulou e chegou primeiro, sendo assim o primeiro dos doze signos \o/

Se eu li e gostei de Fruits Basket? Magiiiina! No contexto do mangá o gato é legal e dá uma baita dó dele, mas fora disso... não! hoho!

O ano do rato só começa oficialmente no dia 7 de fevereiro, mas já tem muito maluco na Ásia comprando ratinho pra dar sorte (eu falo que não dá pra confiar nesse povo, é tudo pirado!) e aqui no Brasil a festa do Ano Novo Chinês foi antecipada por causa do Carnaval, que beleza!

Dizem as previsões que este será um ano bom pros negócios mas ruim para corrupção, se bem que Brasília deve ter sido excluída delas. Na minha família sempre dizem que o ano é bom para quem for do signo, mas um amigo meu disse que pros chineses é o contrário... vai saber!

Falando tanto em rato... Alergia de gato... Ratinhos de laboratório, cobaias...
Adivinhem qual é o meu signo chinês? xD


Veja uma previsão maluca sobre o meu signo aqui! xD

100 anos de imigração, e...?

Esse vai ser O ano que talvez eu mais me estresse por ser descendente de japoneses.

Na verdade eu sempre me estressei por causa disso: quando era criança, meus colegas de classe nem se dava ao trabalho de verem as minhas notas para me taxarem de nerd, cdf e lalarilolo. As minhas notas não eram ruins, mas eu acho até hoje muito estranho um grupo de seres humanos tão novo isolar um indivíduo porque o considera intelectualmente melhor. Na hora do intervalo, eu ouvia moleques me chamando de "japonesa" no tom mais perjorativo do mundo, como se isso fosse um xingamento; sem falar nas piadinhas racistas que faziam questão de contar na minha presença.

Definitivamente, não é nada saudável para uma criança se sentir discriminada só porque nasceu com os olhos puxados e eu tive que ter muita força de vontade para não deixar a minha auto estima despencar e mais ainda para não arrebentar a cara de alguém.

Hoje em dia, com a cobaia aqui bem crescidinha, a coisa melhorou bastante mas ainda tem outras mal resolvidas. Ainda tem muita gente pre-conceituosa, tanto pra coisa boa quanto pra coisa ruim (acho que isso nunca vai ter jeito mesmo).
Por exemplo, ainda não gosto quando falam que eu sou inteligente porque sou japonesa (quer dizer que eu já nasci com tudo embutido e estudei durante todos esses anos por diversão é?) e principalmente odeio, mas odeio mesmo quando acham que eu sou uma daquelas japas de colônia acélafas!

E agora me aparece essa comemoração de 100 anos de imigração japonesa, como se tudo tivesse sido flores? Como se tudo estivesse dando certo e fazendo matérias para televisão dos mesmos temas, que são mais fáceis de serem apresentados e perfumados? Estão enfeitando até mesmo o sofrimento dos primeiros insanos que vieram para cá - aliás parece que só o Kasato Maru aportou em Santos.
Sei lá, isso tudo me soa tão falso e conveniente...

Mas quer saber? Vou mais é aproveitar essa badalação toda e aproveitar as comemorações com muita comida típica *-*!


PS: hoje finalmente li dois textos legais! Um é do Macho pero no mucho, sobre japoneses malucos (e eles são mesmo, eu já falei isso?) e o outro é de Franklin Ruão - que inclusive está linkado no primeiro artigo.
Quem me dera!