Eu sei, é muito feio ficar tanto tempo sem atualizar o blog. Também sei que nem tenho tantos leitores assim pra dever satisfação e isso é mais uma cobrança interna mesmo, haha. Mas hoje estou com comecinho de gripe (eu acho) e não queria deixar o mês de abril sem nada.
Decidi então postar uma foto do Miki, o único gato que não tenho alergia, que só chega perto de mim pra pedir pra abrir a porta (porque ele sabe que eu não posso olhar nos olhos dele >_<) ou para pedir água da pia e que, apesar dessa pose, não gosta de carinho na barriga.
Afinal todo mundo curte gatinhos.
Menos eu, mwahahaha! >=D
Na verdade já faz um tempinho que ela chegou em casa. Foi só eu me ausentar um pouco que o pessoal aqui de casa já apronta, haha.
A Bu chegou aqui de um jeito muito parecido com a Kelly, já que ambas foram doadas porque seus antigos donos tinham cachorros demais em casa e não podiam arcar com suas despesas decentemente. Mas neste caso, tudo aconteceu muito mais de repente e sem querer.
Em uma das idas à Cobasi para o banho quinzenal da Kellyenha, minha mãe estava estranhamente ansiosa para entrar na loja. Lá, perto da seção de rações, minha sobrinha encontra uma filhotinha de Lhasa Apso, que veio em sua direção para brincar, acompanhada de suas donas.
Geralmente os donos de cachorro puxam aquela conversinha mole default quando ficam muito próximos (podem reparar que isso sempre acontece em salas de espera de veterinário, por exemplo): falam de como os cães são lindos, companheiros, fazem arte, gastam dinheiro e blablabla. O problema foi que, depois disso, elas falam que na verdade estão ali porque queriam doar os cachorros e estavam esperando alguém que realmente gostasse e cuidasse para oferecer - afinal se elas saíssem anunciando que estavam doando filhotes de raça alguém poderia pegá-los só para revender ou pelo calor do momento.
Caramba, que coincidência foi essa?
Adivinhem se a minha mãe resistiria uma oferta dessas, hehehe. Eu tirei sarro dela sobre o fato, mas eu teria feito o mesmo. Já tinha pego dois cachorros antes oras! XD
Não sei se era porque as ex-donas eram descendentes de japoneses também, mas a Bu não estranhou a casa e nem as pessoas. Talvez também tenha sido por ainda ser filhote e ter menos minhocas na cabeça.
Até a Kellyenha nos surpreendeu. No começo ela mal olhava para a cachorrinha nova, mas hoje em dias elas brincam juntas e às vezes rola até uma relação de proteção de mãe e filha.
Quanto ao nome, sim, é uma homenagem à Boo do Monstros S/A. E ela também tinha cara de sustinho, com os pelos arrepiados, quando chegou aqui hehehe.
Bom, agora acho que estamos bem servidos de cachorros nesta casa. Se aparecer mais algum vou ter que inverter os papeis e doar os que tenho porque não tenho condições de cuidar (ick, credo! xD).
Resolvi escrever este post depois de ver esta notícia. O lugar descrito é bem em frente ao pet onde levo a minha cachorrinha religiosamente a cada 15 dias para tomar banho. Às vezes passávamos lá só pra ver, mas ao mesmo tempo ficávamos com muita dó.
Os coitadinhos passavam o dia sob um solzão, alguns dentro de caixas de papelão e com poucos cuidados. Vimos uma vez um filhote de chow chow vomitando, enquanto a vendedora o limpava de qualquer jeito, dizendo que era normal porque ele tinha comido demais. -_-"
Nas últimas semanas, realmente vimos alguns carros da prefeitura fiscalizando e uma vez até levaram alguns cachorrinhos. Mas não adianta, é só dobrar a rua que lá estão eles, vendendo filhotes nos portas-mala dos carros.
Esta prática é uma de tantas outras que são erradas e que dificilmente serão erradicadas por aqui. É muito fácil colocar cachorros para cruzarem e encontrar pessoas que não resistam à fofura dos filhotinhos.
Antes esses criadores vendiam suas "mercadorias" na frente do parque Villa-lobos, ou seja, a poucos metros de distância deste mesmo pet e em condições ainda piores.
Foi nessa feira que compramos o Flick, o poodle que já citei aqui no blog. Na época o compramos por dó mesmo, porque nas condições em que ele se encontrava não duraria muitos dias. Ele viveu só mais 5 anos, quando deveria ter vivido muito mais mas afinal não sabíamos de onde ele veio, como eram os pais e em que condições ele foi criado até o dia que o encontramos.
Não adianta comprar pela afeição, pela dó, ou pelos preços mais baixos: de um jeito ou de outro este tipo de negócio lucra e mais gente irresponsável entra nele. É tão difícil quanto não dar esmola para uma criança no farol, mas não podemos fazer essas rodas do dinheiro fácil a qualquer custo girarem.
Ao mesmo tempo, há tantos outros cachorros abandonados, esperando por um lar e pessoas que os cuidem e que são tão cachorros quantos os de raça.
Sempre há soluções honestas que se encaixam às condições de cada um.
Dessa vez a culpa não foi exatamente minha, hehe. Na noite da véspera do dia das crianças, fui abrir o portão pros meus amigos que estavam indo embora, quando reparamos que tinha um cachorro no portão. Como ele era bem magrinho, minha mãe deu um resto de ração que a minha cachorrinha não quis - e isso foi o suficiente para, logo depois, ele entrar na minha garagem e não querer mais sair de lá.
Pra não dizer que foi de primeira, ele até saiu um pouco enquanto perguntávamos para alguns vizinhos se sabiam de onde raios vinha aquele cachorro. Mas ficou o tempo todo perto do nosso portão e entrou de novo quando entramos.
Nessa hora eu já tava chamando o cachorro de Luke. Sei lá, foi o primeiro nome que me veio em mente, achei ele com cara de Luke e pronto! xD
Puxa, como não resistir a essa carinha?
Demos mais um pouco de ração e água e deixamos que ele passasse a noite na nossa garagem. No dia seguinte minha mãe abriu o portão pra ver se ele ia tomar o rumo da roça, mas a reação foi a mesma do dia anterior. Nisso reparamos que ele tava bem mal cuidado: além da sujeira e da magreza, ele ainda tinha muitas cicatrizes (que mais tarde descobriríamos que eram de mordidas de outros cachorros), pulgas e carrapatos.
Sabem, não tinha como deixar esse cachorro na rua de novo! Ele tinha escolhido a minha casa (ou melhor, minha garagem) pra ser a nova casa dele, não dava pra simplesmente trancá-lo pra fora e ignorar a sua existência.
Aliás não sei como tem tanta gente no mundo que tem coragem de fazer isso. Como uma veterinária nos confirmou, o Luke não tem jeito de ser um cachorro que nasceu nas ruas. Ele é bem sociável, não late à toa e sabe até andar com coleira. Prefiro pensar que o ex-dono dele o deixou fugir...
Enfim, como puderam perceber, não fomos nós quem escolhemos o cachorro dessa vez: foi ele quem nos escolheu. Novamente, por ter saído da sua, ele tem se comportado muito bem. Ainda se assusta com muita coisa (ele tem uma fobia inexplicável por mangueiras, mas não de água), mas já se sente em casa, fazendo até festinha quando alguém chega e faz até as necessidades no mesmo lugar que o Willy fazia oO. Depois de um bom banhão, virou outro cachorro. O pelo dele até brilha um pouco no sol, haha.
Eu adoooouro certas raças, acho o Golden fofíssimo, o Chow Chow demais e nem preciso dizer que meus olhos marejam toda vez que eu vejo um Samoieda. Mas com tanto cachorro por aí precisando de um abrigo, vou dizer que acho difícil daqui pra frente comprar um cachorro. Só se um Willy cair no meu colo por 100 reais, hehe.
Sei que foi meio doideira, pra não dizer bem arriscado, pegar o Luke do jeito que peguei. Mas tem muita ong que doa animais já vacinados e castrados (inclusive o Centro de Controle de Zoonoses, no caso de sampa) ou pessoas que por um motivo ou outro não podem mais manter seus cachorros. Eu entrava sempre nesse site antes de ter os meus dois pequeninos. Apesar dos meus cachorros não serem muito fãs, a Pedigree tem uma campanha legal sobre adoção também. Recomendo mesmo à todos que querem ter um cachorrinho feliz em casa que procurem por estas alternativas.
Quase dois meses depois de ter perdido o Willy, vi que já tava na hora de ter outro cachorro por aqui. Dessa vez minha mãe queria que fosse um pequeno, que pudesse ficar dentro de casa e lalala. Na verdade ela sempre quis um cachorro assim, por isso tínhamos comprado o Flick - pena que o bicho tinha mó fogo no rabo e perdeu uma bela chance de ser tratado com um bibelô.
Sempre quis também adotar um cachorro ao invés de comprar um. Tá certo que filhotinhos de raça são super fofos e tudo mais, só que pra eles tem demanda de sobra. E tem muito cachorro ainda por aí precisando de cuidados e carinho.
Coincidentemente, a tia do namorado de uma amiga minha precisava doar alguns dos seus cachorros porque a situação financeira dela não permitia manter 4 shih tzus, além de um paulistinha, um gato e um papagaio. A menorzinha deles, branquinha e super carente conquistou rápido o pessoal aqui de casa, e só por fotos, hehe.
A história da família é demais. Ano passado, um casal de shih tzus apareceu na porta da casa deles, abandonados, sendo que a fêmea já estava grávida. Foram acolhidos, mas mesmo assim dois filhotes não sobreviveram provavelmente por causa de maus tratos. A Kellynha e o irmão dela, Wolverine (heuheuhe, igualmente invocadão xD), foram os dois que sobreviveram.
Fomos buscá-la no sábado e a tarefa não foi nada fácil. Uma coisa é você pegar um cachorro que precisava de um lar e fica todo feliz e esperançoso quando encontra um. Outra bem diferente é pegar um que já tinha um lar, donos que o tratavam bem e que sentiam muito por ter que apelar para adoção.
Fiquei com muito receio que ela não se adaptasse, mas estamos indo muito bem. Minha sobrinha está completamente boba com a cachorrinha e fica com ela o tempo todo.
Aí está uma das primeiras fotos que tirei da Kellynha. Tivemos que tosar todo o pelo dela porque estava com muitos nós, ficou irreconhecível! De costas parece até um filhote de labrador, heuhehe!
Gravamos até um videozinho pelo celular, onde dá pra ver a cara enrugada e preguiçosa dela, roncando muito.
Ano passado a gente perdeu o Flick. Esse ano, hoje, a gente perdeu o Willy. Eu tô tentando digitar este post agora, enquanto tá tudo rodando aqui na minha cabeça, porque não quero pensar em tudo isso de novo. O meu primeiro cachorrinho, tão desejado, tão lindo, tão bonzinho se foi.
Ele já não enxergava mais (ou enxergava só vultos), tinha problemas de infecção no ouvido, na pele toda (desde que uma veterinária infeliz disse que ele poderia ser tosado), já tinha tido tumores nos olhos e no testículo, só levantava pra fazer as necessidades (e às vezes nem isso), já tava com os cotovelos todos machucados por causa disso. Não tinha mais cura e nem um jeito de aliviar a situação dele.
Por mais que eu saiba que foi mais do que necessário, que ele já tava sofrendo há anos e a cada dia que passava as coisas só ficavam piores, não teve como não sentir aquela fisgada no peito, aquela dor que só me fez fazer chorar desde que a veterinária chegou aqui em casa. Quando ela me perguntou se era pra sacrificar hoje, eu não conseguia responder. Ali na hora, olhando pra ele, sem saber o que tava acontecendo, putz... Eu queria ter esperança que se a gente esperasse ele poderia melhorar. Mas ela confirmou que não ia, que o máximo que dava pra fazer era ir levando até que chegasse um dia que ele estaria realmente ruim e morreria.
Não queria prolongar o sofrimento dele que nem foi com o Flick. Mó stress, tanto pra ele quanto pra minha mãe, pra só ter uns meses de sobrevida e morrer no auge do sofrimento. Minha mãe já tava sofrendo muito em ver o Willy daquele jeito; ela foi mais corajosa que eu e pediu pra sacrificá-lo. Eu não consegui me conformar na hora, me recusei a vê-lo morto mesmo sabendo que ele não sofreu - a veterinária aplica uma anestesia, espera ele dormir e então aplica o remédio que mata.
Caras, isso dói muito. Dói pensar o quanto ele sofreu esse tempo todo ao mesmo que tempo que dói por saber que eu nunca mais vou vê-lo de novo. Quando eu me despedi dele, só consegui passar a mão no rosto dele e dizer "Tchau, Willy". Sempre que eu saia de casa eu falava tchau pra ele, mas dessa vez doeu dizer o último tchau.
O mais foda de tudo é pensar que quando eu chegar em casa não vou encontrá-lo. Nunca mais vou ver aquela carinha dele, que parecia querer me dizer "bem vinda de volta", querendo se levantar sem conseguir, abanando o rabo. Não vou mais ouvir o latido dele quando o caminhão de lixo passar. Nem a cara emburrada dele quando a gente tinha que dar banho.
Ah Willy, eu te amei desde o dia que o vendedor te tirou da gaiolinha e deixou você andar na grama. E você veio aqui pra casa no meu colo. Corria com as duas patas de trás juntas e errava o cálculo quando pulava no sofá. Tinha medo de descer as escadas, fuçava o carro atrás de biscoito, comeu uma abelha pra nunca mais comer coisa nenhuma que se mexesse no chão. Perdíamos mais de uma hora pra te dar banho, mas você sempre foi educado. Só rosnava pra quem realmente não gostava da gente. Se preocupava quando a gente saía do portão. Adorava deitar no molhado pra se refrescar. De manhã, tremia de frio só pra chamar a atenção, como se soubesse o que é isso com aquelas duas camadas de pelo.
Manhoso.
Descanse em paz, meu lindinho. Você já tá fazendo muita falta...
Esses bichinhos volta e meia chegam em bandos no telhado da minha casa, fazendo um barulho enorme. Mesmo assim eu ainda os acho umas gracinhas e dessa vez consegui tirar fotos! E só consegui porque eles estavam na beiradinha do telhado da parte dos fundos da casa, onde tem uma escada que dá pra churrasqueira.
Mesmo assim não pude subir muitos degraus porque eles são ariscos demais. Teve uma hora que eles se assustaram e voaram, sorte a minha que depois eles voltaram, mas ficaram o tempo todo olhando pra mim. xD
Se não me engano, são esses periquitos que os caras usam nos realejos. Será que isso ainda é uma atividade lucrativa? Quando eu era pequena eu até via pessoas que ainda pagavam pro periquitinho escolher um papelzinho totalmente genérico. Mas será que hoje em dia essa lorota ainda cola?
Não tinha mais jeito. Engraçado como a gente nunca imaginaria que uma coisa dessas fosse acontecer. Que aquele cachorro tão pentelho, cheio de energia, que mal tinha paciência pra ficar no nosso colo fosse partir tão cedo.
Como eu tinha dito no meu post sobre os meus cachorros, a gente praticamente salvou a vida dele quando o compramos em uma feira de animais. Isso é até reconfortante, afinal a gente deu uma vida decente pra ele nesses 6 anos.
Tava indo tudo bem até que a minha mãe o levou no veterinário pra limpar os dentes e castrar. Esses procedimentos não o prejudicaram, mas descobriram que ele tinha problemas renais e que esse tipo de coisa não tinha cura. Foram meses de remédios, ração especial, soros quase diários, tranfusões de sangue... Mesmo sabendo que não tinha mais jeito, meus pais queriam tentar, afinal o bichinho queria viver.
Mas hoje não teve jeito. De manhã ele tava com convulsões, a barriga e o pescoço inchados, feridas, diarréia e hemorragias. Não tinha outra solução que não fosse acabar com esse sofrimento todo de uma vez. Pelo menos aplicaram uma anestesia que o fez dormir, espero que tenha sido menos pior assim.
Mesmo não sendo tão apegada a ele (nessas horas é até bom não ser), não teve como eu não ficar triste com isso.
O sacaninha vai fazer falta.
Fiquei pensando se deveria ou não postar aqui e resolvi que os meus cachorrinhos merecem um espaço no meu blog - se descuidar, talvez eles tenham até mais que um.
O Willy é o meu cachorro mais velho, tem 7 anos mas com corpinho de 14! A raça dele é Samoieda e eu só vi uns 5 outros iguais a ele na vida - e são todos igualmente lindos! Ele é o cachorro mais lindo que eu já vi, super educado e calminho (dá até raiva, os pombos tomam banho na água dele. Pelo menos ele tem um bom detect evil e só não foi com a cara de quem era realmente sangue ruim!); mas já teve muitos problemas chatos de saúde. Nas fotos vai dar pra perceber que ele é cego de um dos olhos e que ele sempre está sentado ou deitado. O pior é que muitas das coisas que ele passou poderiam ter sido evitadas se a desgraçada da veterinária anterior tivesse agido a tempo... acho que isso merece um post-desabafo posterior! Ah, e ele é assexuado!
Já o Flick é um pouco oposto do Willy. É um poodle pequeno, super agitado, mal educado e que não para de pular mesmo quando está doente. A gente o comprou há 5 anos atrás em uma dessas feiras de filhote que ficam perto de parques. A condição média dos bichos vendidos já é ruim, mas no caso do Flick era desesperadora. Ele tava jogado em uma caixa e o cara não dava comida para que ele não crescesse muito e assim vendê-lo como se fosse um poodle mini-micro-anão. No fim compramos o bichinho mais para salvá-lo do que qualquer outra coisa! Foi minha sobrinha que escolheu o nome dele porque na época o desenho favorita dela era Vida de Inseto.
As fotos dos dois au-aus podem ser conferidas no meu Picasa Web Album feliz.