Cachorro novo (de novo) em casa

Dessa vez a culpa não foi exatamente minha, hehe. Na noite da véspera do dia das crianças, fui abrir o portão pros meus amigos que estavam indo embora, quando reparamos que tinha um cachorro no portão. Como ele era bem magrinho, minha mãe deu um resto de ração que a minha cachorrinha não quis - e isso foi o suficiente para, logo depois, ele entrar na minha garagem e não querer mais sair de lá.
Pra não dizer que foi de primeira, ele até saiu um pouco enquanto perguntávamos para alguns vizinhos se sabiam de onde raios vinha aquele cachorro. Mas ficou o tempo todo perto do nosso portão e entrou de novo quando entramos.

Nessa hora eu já tava chamando o cachorro de Luke. Sei lá, foi o primeiro nome que me veio em mente, achei ele com cara de Luke e pronto! xD


Puxa, como não resistir a essa carinha?

Demos mais um pouco de ração e água e deixamos que ele passasse a noite na nossa garagem. No dia seguinte minha mãe abriu o portão pra ver se ele ia tomar o rumo da roça, mas a reação foi a mesma do dia anterior. Nisso reparamos que ele tava bem mal cuidado: além da sujeira e da magreza, ele ainda tinha muitas cicatrizes (que mais tarde descobriríamos que eram de mordidas de outros cachorros), pulgas e carrapatos.

Sabem, não tinha como deixar esse cachorro na rua de novo! Ele tinha escolhido a minha casa (ou melhor, minha garagem) pra ser a nova casa dele, não dava pra simplesmente trancá-lo pra fora e ignorar a sua existência.
Aliás não sei como tem tanta gente no mundo que tem coragem de fazer isso. Como uma veterinária nos confirmou, o Luke não tem jeito de ser um cachorro que nasceu nas ruas. Ele é bem sociável, não late à toa e sabe até andar com coleira. Prefiro pensar que o ex-dono dele o deixou fugir...

Enfim, como puderam perceber, não fomos nós quem escolhemos o cachorro dessa vez: foi ele quem nos escolheu. Novamente, por ter saído da sua, ele tem se comportado muito bem. Ainda se assusta com muita coisa (ele tem uma fobia inexplicável por mangueiras, mas não de água), mas já se sente em casa, fazendo até festinha quando alguém chega e faz até as necessidades no mesmo lugar que o Willy fazia oO. Depois de um bom banhão, virou outro cachorro. O pelo dele até brilha um pouco no sol, haha.


Eu adoooouro certas raças, acho o Golden fofíssimo, o Chow Chow demais e nem preciso dizer que meus olhos marejam toda vez que eu vejo um Samoieda. Mas com tanto cachorro por aí precisando de um abrigo, vou dizer que acho difícil daqui pra frente comprar um cachorro. Só se um Willy cair no meu colo por 100 reais, hehe.

Sei que foi meio doideira, pra não dizer bem arriscado, pegar o Luke do jeito que peguei. Mas tem muita ong que doa animais já vacinados e castrados (inclusive o Centro de Controle de Zoonoses, no caso de sampa) ou pessoas que por um motivo ou outro não podem mais manter seus cachorros. Eu entrava sempre nesse site antes de ter os meus dois pequeninos. Apesar dos meus cachorros não serem muito fãs, a Pedigree tem uma campanha legal sobre adoção também. Recomendo mesmo à todos que querem ter um cachorrinho feliz em casa que procurem por estas alternativas.

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