Show: X Japan

Quem diria que um dia eu estaria aqui, escrevendo um post com esse título? Eu, que era uma das únicas pessoas do meu colegial que preferia outras bandas, que jamais pensaria na chance de ir no show de uma banda japonesa que já havia acabado e que cujo guitarrista havia morrido.
(Se bem que ultimamente tem acontecido tanta coisa que eu jamais esperava acontecer comigo... hehehe!)


Enfim, fiquei sabendo que eles resolveram fazer uma tour na América do Norte um pouco depois de ter voltado dos EUA. A princípio foi uma má notícia, mas conseguimos dar um jeito e eu voltei para ver o show junto com o namorado e ainda curti-lo mais um pouquinho. ^^

Chegamos em NY um pouco antes do check-in no hotel, mas como o quarto demorou para ficar pronto, só conseguimos chegar na fila meia hora antes do teórico início. E ela dava a volta no quarteirão (de tamanho decente) inteiro. Por um lado foi bom porque ficar na linha de frente, sendo esmagado e levando cuspe do Toshi não era a nossa intenção.


O mais legal é que, enquanto esperávamos, pessoas andavam pela fila com caixas de pizza dizendo que eram cortesia do Yoshiki e que horas antes ele havia comprado chocolate quente também. OH! Caramba, quem é que faz isso? Esse cara é demais mesmo. Também não preciso dizer que o show era dele. Todo mundo gritava o nome dele, queria vê-lo tocar bateria e piano e ouvir o que ele tinha a dizer.

Claro que antes disso tomamos um senhor chá de cadeira. Demoramos para entrar; depois esperamos o show de uma bandeca chamada Vampires Everywhere começar; aguentamos 6 músicas, SEIS músicas, da bandeca e ainda esperando mais quase meia hora para a abertura do show em si, mais a enrolação pra voltar do bis.

Não toca mais Amethyst, mas ainda tem a mesma gravação introduzindo os membros e aquele "X Japan" em looping quase infinito. Aliás sentimos falta de várias músicas que queríamos demais ouvir ao vivo: Dahlia, Tears, Forever Love (que só tocou em playback no finalzão do show) e principalmente Rusty Nail e Silent Jealousy em japonês. Sim, porque a versão que eles tocaram nesta tour inteira foi em Toshinglês, AAAARGH! E por que um solo de violino??? E Art of Life?! >_<


Mas não tenho do que reclamar. Ver o Yoshiki em ação ao vivo é demais, o cara é foda mesmo. Por mais que as músicas estivessem adaptadas e que a setlist tenha sido escolhida para tentar agradar o público gringo, elas ainda eram as mesmas que te fazem vibrar. Meus joelhos estavam mortos e ainda assim eu pulava e agitava os braços pra cima como uma doida, hahaha.


Outra vantagem é que a maioria do público era composta por nihonjins e nerds, ou seja, ninguém que pudesse me atropelar e que eram facilmente empurráveis hehehe. A maioria parecia ter mais ou menos a mesma idade que a nossa, mas não foi difícil encontrar umas senhorinhas pulando, mais discretamente, nas bordas da pista. É engraçado pensar que a banda esperava há anos para tocar em Nova York e muita gente lá também esperava vê-los. Acho que, assim como nós, havia mais gente que jamais pensaria em estar ali naquela noite.

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