Abordagens medonhas e legais

Post inspirado no post do blog da Ana.

Eu não sou nenhuma das 7 maravilhas do mundo moderno, mas tô cansada de ouvir lorota na rua. Se tem um sujeito me secando, andando na minha direção com cara de cachorro babão, é 90% de certeza que ele vai disparar alguma pérola tipicamente pedreirística quando passar perto mim.

- "Ow japinha linda";
- "Tá bem hein, fia?";
- "Gatiiiiinhaaa";
- "Ooooi?"

Entre outras merdas que eu não me lembro agora. A minha vontade mais sincera varia de um "O caraleo, seu desgraçado!" até um tiro no joelho. Mas infelizmente não dá pra revidar porque essas criaturas são tão ignorantes que não dá pra saber como eles vão reagir. Pior, isso acontece com a maioria esmagadadora das garotas que eu conheço. Esses loosers devem achar que abordar uma mulé na rua assim deve ser legal!

Vinda de um estranho, nunca vi uma abordagem realmente original e digna de prêmio nobel. Só lembro de duas situações, ambas ambientadas em busões (poooobre!). Os parágrafos ficaram grandinhos, então a não ser que você seja realmente curioso, eu acho que não vale muito a pena ler os relatos!

A primeira foi há uns 6 anos atrás (vééééia). O ônibus tava meio lotado, mas o rapaz tentava vez ou outra dar uma olhadinha em mim - e ainda bem que era pro meu rosto, se fosse pra outro lugar ele não seria lembrado depois de tanto tempo. Ok, ok, o rapaz era simpático também, por isso eu sabia que ele olhava às vezes, hehehehehe. Mas aí chegou o ponto dele, desceu, andou até mais ou menos onde eu tava e mandou um tchauzinho feliz (mais ou menos essa cara: ^__^). Ooooh ti fofo!

A segunda foi um tempinho depois, quando eu mudei de emprego. Pegava sempre o mesmo ônibus (meu pai até conhecia o motorista), então geralmente eram as mesmas pessoas. Tanto que das vezes que eu dormi demais sempre teve uma boa alma para me acordar! Enfim, 3 pontos depois de onde eu pegava, entrava um menininho e sentava do meu lado. Dava pra perceber que ele olhava de canto de olho, mas nunca fez nada de mais (até porque eu não ficava acordada por muito tempo, hauhuha). Até que um belo dia ele encontrou um conhecido que para a sorte dele não tinha muito semancol e ficou falando em um volume considerável algumas pérolas do passado do garoto. Ele tentava fazer o amigo calar a boca, mas em vão. Depois disso ele ficou com vergonha e parou de sentar do meu lado, tadenho!


Percebem? Os garotos não fizeram nada de mais, nada de extraordinário, e ainda assim conseguiram sobreviver a muitas e muitas formatações da minha memória.
Pequenos gestos felizes como esse valem muito mais a pena, para ambos os lados.

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